Lindy Hops the Atlantic!

Back in the day...

Existia à época, e estamos a falar de 1927, uma corrida entre aviadores americanos para ver quem conseguiria atravessar primeiro o Atlântico.

A corrida tinha realmente começado em 1919, quando um dono de um hotel em Nova Iorque anunciou que ofereceria US$ 25.000 ao primeiro aviador que fizesse a travessia do Atlântico, entre Nova Iorque e Paris, sem paragens. Mas nessa época os aviões ainda não aguentavam travessias tão longas. Algumas tentativas saíram frustradas, o que queria dizer, quase sempre, a morte dos aventureiros.

Foi só já em 1927, com a evolução dos aviões, que começou realmente a corrida. E na linha de partida alinhavam-se Richard Byrd, que já tinha feito uma travessia por cima do Pólo Norte, Clarence Chamberlin, que com outro piloto, Bert Acosta, tinha recentemente obtido o recorde de vôo mais longo sobre a Colombia, e Charles Lindbergh, um carteiro postal aéreo da costa Oeste dos EUA.

Os jornais da época acompanhavam diariamente os preparativos, e o público apostava em qual dos três seria o primeiro a partir e a chegar a Paris, mas tinha como preferido Charles Lindbergh, por ter o avião mais pequeno, só um motor, sem rádio, sextante, e até para ver para onde seguia precisava de usar um periscópio dada a configuração improvisada do seu avião, The Spirit of St. Louis. Ele era o concorrente aparentemente mais fraco e improvável de ter sucesso, entre os três, mas ao mesmo tempo era novo, atraente, e tinha aquele espirito aventureiro que inspira confiança. Os repórteres chamavam-no de Lindy, e Flying Kid, e para onde quer que fosse havia sempre uma multidão que o tentava tocar, para "dar sorte".

A partida teve de ser adiada diversas vezes por causa de mau tempo. E nesse dia só Lindbergh estava pronto a partir. Chamberlin estava embrulhado num problema de tribunal que opunha o dono do avião, The Colombia, à sua equipa. E Byrd queria testar melhor o seu, America, antes de partir.

Foi assim que, a 20 de Maio de 1927, o Spirit of St. Louis levantou vôo, sozinho, rumo a Paris.

Em New Hampshire um conhecido humorista escreveu na sua coluna de jornal:
No attempt at jokes today. A slim, tall bashful, smiling American boy is somewhere over the middle of the Atlantic Ocean, where no lone human being has ever ventured before ***

dia 20: LINDBERGH HOPS OFF ON PARIS FLIGHT



A rota de Lindbergh fazia-o aproximar-se da costa Irlandesa. E terá mesmo sido visto, já seguia o dia 21.

dia 21, LINDBERGH IS REPORTED OVER CHANNEL


A palavra passou e os parisienses souberam. Começaram a chegar ao aeródromo Le Bourget, nos arredores de Paris. Todos o queriam receber. Às 21h do dia 21 já estariam mais que 100.000. Às 22h18 ouviu-se o primeiro roncar do avião. E aterrou passados 4 minutos. O vôo durou 33h e meia. Lindbergh nem conseguiu saltar para o chão, tão rapidamente a multidão o abraçou. Gritavam o nome dele.

No dia seguinte foi aclamado no mundo inteiro. Um comentador americano escreveu nesse dia:
millions of his countrymen took him to their hearts as they had taken no other human being in living memory

dia 22, LINDBERGH DOES IT!



História mais completa
http://www.nytimes.com/books/98/09/27/specials/lindbergh-plane.html

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